segunda-feira, maio 21, 2007

Salve Jorge!


Nascido no Rio de Janeiro, filho de mãe Etíope ,estudioso de cultura medieval e cultura negra.
Torcedor do Flamengo, quando jovem, respirava os ares artísticos e revolucionários da cidade maravilhosa em seu momento áureo.Dono de uma linguagem peculiar, cantou sobre coisas simples e bonitas. O rei da mão direita.Artista que fez pessoas repensarem se queriam ou não continuar sua carreira artística.Homem de criação divina. O nome dele: Jorge Benjor.
Falar de Jorge é falar do Brasil em todos os seus sentidos.A brasilidade de Jorge é única.Nenhum artista falou da mulher, do futebol, do sincretismo religioso, das entidades negras e do misticismo de forma tão respeitosa e criativa.É engraçado perceber o quanto a classe intelectual e os admiradores da bossa nova em geral negam e se recusam a reconhecer o seu talento.É como se Jorge ferisse com a sua simplicidade o ego dos amantes das palavras difíceis e notas complicadas.O que na verdade eles não percebem é que difícil é ser simples.
Minha história com Jorge é muito louca e engraçada em um certo momento.Meu pai (Que Deus o tenha em um bom lugar) era fã de carteirinha.Contudo como sou o último de 5 filhos e 11 anos mais novo que minha irmã mais nova, não pude acompanhar a fase que ele estava empolgado com a musica de Ben.Isso veio acontecer anos mais tarde quando ele re-descobriu seus vinis e mostrou - me algumas de suas musicas favoritas.Nessa época devia ter uns 13 anos e fiquei amarradão,porem assim como meu pai,entrei num processo de ibernação Jorge Benística, e fui curtir outros ritmos que o espírito da idade inconscientemente pedia.
Anos mais tarde descobri perto da minha faculdade, que situa-se no convento da Lapa, centro de Salvador, um sebo.Sebo pra quem não ta ligado é um espaço onde negocia-se discos e livros usados.E “pesquisando” esse lugar maravilhoso descobri um disco o qual já tinha ouvido falar e escutado algumas faixas.A capa do disco me chamou bastante atenção pela arte que ali estava impressa.Paguei a pequena fortuna de R$5,00 e fiz aquele que talvez tenha sido um dos melhores negócios da minha vida: comprei o disco “A Tabua de esmeraldas”.
Pra resumir a historia: passei 1 ano inteiro da minha vida só ouvindo esse disco.Seis meses para cada lado.Isso porque eu ouvia o lado “A” e não conseguia virar o disco.Quando finalmente consegui passei mais seis meses ouvindo o lado “B”.
Talvez esse tenha sido um dos momentos mais importantes da minha vida musical, comparado apenas ao que aconteceu com a minha cabeça quando ouvi pela primeira vez, Raul Seixas, The Doors e Bob Marley.A cabeça deu um nó ( ou talvez desatado).A partir disso todo um universo se abriu para mim.E a influencia musical de Jorge é uma constante na minha vida.Influencia essa que é concretizada através do projeto “Os My Friend” que desenvolvo com meu amigo e compadre João Paulo.Quem quiser conferir é só ficar ligado que qualquer dia desses rola.
Obrigado a todos pela atenção e como diria Benjor: Seja bem vinda a amizade!

4 comentários:

Anônimo disse...

quem torce o nariz pra jorge não sabe o que tá perdendo. tb passei bons momentos ao som da tabua e de vários outros álbuns alucinantes, suingantes, cheios de inspiração e explendor. jorge ben é o que há de melhor no que aproxima o samba do funk e do ijexá. vida longa a jorge! seja bem vinda a amizade!

Alexandre Espinheira disse...

Cada banda me deixa uma herança e Jorge é a herança que Osmafren tá me deixando. Realmente a Tábua é o que mais marca o estilo dele.

Fui

Anônimo disse...

eu tenhu esse vinil....a ilustração dele é mto boa.Passei uma tarde de domingo na casa de um amigo com outros reunidos fumandu e viajanduuuu.....som de qualidade no vinil,bem gravado e swingado.
...essa menina mulher da pele preta.....

Anônimo disse...

Kra, como fã você é um publicitario perfeito.

Eu fiquei mto curioso em conhecer o trabalho do BEN, ou melhor, conhecer um pouco mais a fundo.


ticoscs@hotmail.com