segunda-feira, março 05, 2007

PAI


De repente a vida nos bate a porta
Trazendo nos braços um pedaço de destino embalado para presente.
Dispenso palavras de bom grado.
Gradativamente, entrego-me ao definitivo
e sigo inocente como os pássaros à frente da praça
enquanto o vento brinca de soprar vale à dentro.

Reconheço a mim mesmo esquecendo quantos sou,
De quantos sou formado, e a quantos de mim formarei.
Abraço-te como a um filho e assim sendo te chamo de pai...
É a dor do vício que nos faz enxergar a beleza da libertação

Quando o caminho é sem volta não existe contra-mão.

Sinto-te a cada momento
Quando te leio na última carta.
Permito-me derramar algumas lágrimas.
Caminho sozinho para um dia, quem sabe, poder te encontrar
Sem ter que procurar, simplesmente te achar,
Em mim...

Pois assim conheceremos a verdade
No momento em que a lua nos sorri.

2 comentários:

Anônimo disse...

místico envolvimento inseparável, destino irrevogável e vontade inexplicável de estar junto com o herói de todos os tempos.. como sua presença alimenta
e sua razão acalenta
é o que sustenta o coração e o faz ir além..
além do mundo e de tudo o que queremos é ser ninados por esses seres extraordinários e força e fé intermináveis

Loraine Lobo disse...

Estava aqui naqueles momentos de muita tristeza e saudade... Por um acaso comecei a fuçar algumas coisas na net e achei seu blog e me deparei com o título dessa mensagem. Ele me atraiu até aqui!!!
Parece que queria me dizer alguma coisa e disse!
Amigo, vc mesmo longe consegue ser muito presente em minha vida. A nossa dor é a mesma e de um jeito ou de outro as suas palavras conseguem me confortar...
Parabéns pelo sucesso!
De uma amiga que te tem no coração,
Loly