Conhecedores.

Eles conhecem tudo!
Citam datas, detalham detalhes.
Revelam nomes, codinomes, decifram comportamentos, traçam perfis...
Eles sabem tudo!
Quem é e quem não é.
Quem pode e quem pensa que pode.
Quem quer e quem não quer.
Não se envolvem, não criam laços: são frustrados.
Sem cor, sem luz, sem sal.
E no silêncio do não conhecimento alheio reconhecem uma glória fria
E absolutamente sem graça...
Marionetes emolduradas
Que recebe de nós o nosso anti – parabéns:
Vulneráveis conhecedores do nada!

VENTOS CÁLIDOS

Eu não quero lembrar do que aconteceu, nem quero julgar quem se escondeu
Para não lutar pela união deixando as idéias jogadas no chão.
Vejo um fio de metal suspenso no ar que a todos encanta e a tudo conduz
Pra dentro do fogo que não tem calor para a escuridão onde não há luz...

Ventos cálidos, sem fim, sonhos pálidos, em mim...

Sou o que você quer que eu nunca seja
E o que Deus quiser será na grandeza do nosso suor
Da nossa visão, do nosso caminho, a nossa missão!

Ventos cálidos sem fim, sonhos pálidos em mim...

Talvez um dia, quem sabe agora
Você sabia que o verdadeiro homem chora?
E toda história certamente tem um fim?
Ventos cálidos sem fim, sonhos pálidos

Em mim...